Vida, morte, cismas e violências

6 de dezembro de 2016
Hello, pessoas!

Antes de tudo, queria agradecer as três pessoas que curtiram meu blog e seguiram minha page: Tais Pezzi, Sandra Mayworm e Salieri (que me torrou tanto pra eu escrever num blog que se num me seguisse, eu ia bater na saída da faculdade). Ainda não sei o que vou fazer com nenhuma dessas coisas, mas saber que escrevo pra três pessoas já me faz me sentir menos esquizofrênica nesse meio virtual.

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Como vocês podem ver, o layout do blog foi mudado de novo. A verdade é que quando a Tati (vulgo Salieri) me disse pra criar um blog (e insistiu nisso umas 100 vezes numa semana só), eu crei, usando aquele layout branquinho do blogger. Quando ela viu o resultado, quase Atravessou a tela do pc pra dar na minha cara, e se ofereceu pra arrumar um pra mim, o que culminou naquela versão da semana passada, bem bonitinha por sinal, eu estava satisfeita com ela e não faltava nada (pra quem achava que HTML era uma sigla tipo cia LTDA, vcs já podem imaginar o meu nível de conhecimento pra essas coisas). Mas eu não sei por que cargas d'água ela cismou que o blog estava apagado e que faltava alguma coisa. O ser tanto mexeu e tanto mexeu no blog, que esses dias eu fui acessá-lo e pareceu que eu estava fazendo parte de um episódio dos Ursinhos Carinhosos. Acho que tirei um print, deixa eu procurar:


Printscreen

Num ficou feio, mas ela está cansada de saber que eu sou emo-gótica-vampira-e-rockeira e o blog não estava me representando.


Essa aqui é com certeza uma das minhas manifestações ✌❤.


Daí ela continuou cismada, baixou outro layout, passou a semana mexendo nele e acabou hoje. Pra concluir, tirei os direitos dela de administradora, pra ver se ela para de cismar.

Moral da história: foi um aviso dos deuses pra eu nunca fazer um trabalho em grupo com ela.


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Essa semana estive muito empenhada em maratonar a primeira temporada da série "El marginal" (ou "O cara de fora", como foi chamada no Brasil). É uma série argentina, foi um professor meu que indicou. Ela segue aquela onda de séries que se passam em penitenciárias, mas tem vários diferenciais que a tornam muito mais interessante que suas concorrentes norte-americanas. Eu não sei se vocês sabem, mas o cinema argentino é uma coisa de outro planeta de tão bom, e o povo do States copia muita coisa deles, e acho que eles acabaram levando isso (a  qualidade) pras séries também.

O programa conta a história de Miguel Palácios, que é um ex-policial, está preso, e é transferido pra penitenciária de San Onofre porque a filha de um juiz foi sequestrada e levada pra essa cadeia. Miguel deve tirar a menina de lá, em troca da sua liberdade definitiva. Até aí temos um enredo bem arrumadinho, mas depois que ele chega nessa cadeia, o mundo muda totalmente de figura. Pra começar, a cadeia é super lotada e pra tentar abrigar os presos, criou-se no pátio uma favela. A favela da cadeia. E isso passa a determinada todo uma estrutura social ali dentro. E todo mundo é corrupto, então não tem essa coisa de os bons contra os maus, porque estão todos numa zona cinza, agindo de acordo com suas próprias conveniências e instintos de sobrevivência. 

É um micromundo, e muita gente simplesmente tem MEDO de sair dele, porque sair dali se torna uma espécie de morte, que pode ser levada a cabo de muitas maneiras. Tanto de conhecimento de um sistema pré-estabelecido, como do fato de você sair de um lugar para outro que é desconhecido e você está por sua conta nesse mundo "real" que se torna mais assustador que a cadeia,

Tem também a questão dos relacionamentos, tanto de amizade, como de amor, é não somente entre os presos, porque a linha que separa preso de guarda e preso de junta diretiva do cárcere é também uma zona cinza. 

Achei uma coisa violentíssima, mas não porque tem muito derramamento de sangue, não, a violência nasce da própria maneira que eles encontram mesmo pra viver um dia depois do outro, e de como eles resolvem as coisas e de como eles entendem aquelas leis que criam no instinto e de como eles se apegam a isso. Mas, sim, tem muito sangue, muito miolo exposto e muita sujeira. Não se trata de uma história higienizada, é como se o criador dela optasse mesmo realismo de impacto da poha toda.

Esqueci de dizer que é uma série da Netflix, então quem tiver netflix, pode ver tranquilo, legendada em português.

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Sou uma das poucas pessoas que é normalmente bem feliz namorando à distância, mas essa semana passada o boy foi atropelado e está no hospital e estou me sentindo bem inútil, porque sem condições de ir vê-lo por agora 😑😑😑😑. Como faz, produção?

Sempre que acontece essas coisas absurdas, a gente fica pensando na vida e na morte e em viver o presente como se não houvesse amanhã, mas eu acho isso muito complicado, uma vez que a gente convive o tempo todo com 50% de chance de morrer e acabar tudo num passe de mágica, mas eu não acredito em vida após a morte, então pra mim, de certo modo, se morrer acabou tudo, não tem o que fazer e não vai fazer a menor diferença o que eu fiz ou deixei de fazer, mas vai fazer uma diferença enorme se eu continuar viva, então pensar nas coisas a longo prazo ainda tem mais sentido que pensar em viver como se não houvesse amanhã.

Não sei por que estou falando isso, porque não tem nada a ver com a conversa, uma vez que devia ser tudo o contrário mesmo.

Moral da história II: Não sirvo pra consolar ninguém.

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Eu queria falar mais coisas, mas vou deixar pra um próximo post, achei esse muito comprido já.

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Agora vou responder os comentários do post anterior e espero que eu tenha ajudado quem lê aqui a passar um pouco o tempo. 

Um comentário:

  1. Estou um bom tempo sem visitar os blogs e cheguei aqui hoje. E que bom que foi...me diverti, me emocionei e fico imaginando como deve ser lindo esse mundo de vocês, na faculdade, nos relacionamentos...tudo tão diferente das experiências que tive quando jovem...
    O lay out tá bem purpurinado e lindo! Saliere queria mesmo estudar designe gráfico, rsrs! Fez o mesmo comigo mas sem me dizer nada. Um dia me passou uma mensagem in box falando se eu aceitaria e tals (como ela se expressa), quase morri quando vi. Foi o presente que me deixou mais feliz, acredite!
    Não sou muito boa pra esse negócio de frases de "Feliz Ano Novo", mas desejo a você, muitas alegrias.
    Bjs!

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