Ano novo, sentimentos antigos...

Créditos: Niklas Rhöse - Unplash

Eu abandonei o blog por um tempo, isso é muito ruim, especialmente para quem está começando, mas estive em crise existencial a respeito do que significa ter um espaço desse na internet... Só que aí depois fiquei pensando no trabalho da Tati pra criar isso tudo, além do fato de que é uma terapia pra mim e nada que é divertido acrescenta nada, então vamos ver... Estou de volta.

Ano-novo fizemos um churrasquinho aqui em casa, foi bem tranquilo, só a família, mas levando em conta que a gente é super preguiçoso e não faz nada, senti como um grande acontecimento. 

Mas o ano de 2017 começou sem o menor alívio, verdade? Quase morri junto com o ano ao saber das mortes do Bauman e do Ricardo Piglia, duas referências na minha vida de escritorazinha de gaveta, mas é o que tem pra hoje.

Pra quem não sabe: 

Ricardo Piglia

Créditos: Peixe-elétrico

Nasceu em 1941, na Argentina. Romancista, contista, professor e roteirista, considerado um dos pesos pesados da literatura latino-americana. Seu primeiro livro, A invasão, levou seis anos para ser concluído (1961-1967), com o qual conquistou o "Prêmio Casa das Américas" e projetou-o definitivamente na literatura nacional e internacional. Mais tarde lançou Respiração artificial (1980), considerado pela crítica como um dos dez mais importantes romances de todos os tempos já lançados no país. Um escritor preocupado com o romance como gênero literário e que se encontra no universo urbano de Jorge Luis Borges, Julio Cortázar e Robert Arlt. Foi professor da Universidade de Buenos Aires e desde 1997 até seu falecimento foi professor de literatura na Universidade de Princeton. Sua narrativa é classificada como metaficção, devido às inovações na forma do texto intrinsecamente ligadas à própria trama dos romances.(Fonte: http://www.tirodeletra.com.br/) 

Zygmut Bauman 

Créditos: El pais

Foi o grande pensador da modernidade. Perspicaz analista de temas contemporâneos, deixou vasta obra - com destaque para o best-seller Amor líquido, fundamental para a compreensão das relações afetivas hoje. Sociólogo e filósofo, soube se comunicar diretamente com seus leitores, levando milhares de pessoas a pensar a sociedade atual através do conceito de liquidez. Professor emérito das universidades de Varsóvia e Leeds, tem cerca de quarenta livros publicados no Brasil pela Zahar, com enorme sucesso de público. Bauman nasceu na Polônia e morreu na Inglaterra, onde vivia desde a década de 1970. (Fonte: zahar.com.br)

Ai, eles já eram velhos, mimimi....
Tem umas pessoas que mereciam viver pra sempre e eles eram duas delas... Enfim.

Eu não sei vocês, mas cada pessoa dessas que morre pra mim é como se alguém cortasse uma linha que me unisse ao mundo. E a sensação de perder esse vínculo pouco a pouco não é das melhores. Sei que isso só vai piorar com o passar do tempo, mas realmente não sei se a gente chega a se acostumar com esse tipo de coisa.

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E hoje, pra colocar a cereja no bolo, estava passeando no shopping com a minha prima, quando avistei uma pessoa que foi muito, muito, muito importante pra mim... Daí fingimos que não nos conhecíamos e a vida voltou ao normal. Pensa numa coisa que me deixou pra baixo... O meu lado racional e prático entende perfeitamente que ele tem todo direito de me excluir da vida pelos motivos que eu não sei, mas que são justos pra ele e que isso não significa que tenha nada de errado comigo. Mas pergunta se meu lado sentimental vê as coisas dessa maneira? 

Não.

Quando eu lembro de toda nossa história, tipo, eu mais que amei essa pessoa. Acho que nem tem uma palavra pra isso. Não era atração física, não era esse amor de homem e mulher, era uma coisa bem mais senil, bem mais ancestral e transcendente. Desde o dia em que a gente se encontrou pela primeira vez até ele resolver me excluir do nada da vida dele, eu sentia que a gente estava ligado por algo muito maior e que significava alguma coisa, e me dar conta de que isso é só do meu lado é muito frustrante, porque implica em frustrar todo um modo de ver e conceber a vida e os encontros e os relacionamentos... Eu não sou uma pessoa muito sociável, e nem me importei muito com as pessoas irem da minha vida porque isso é meio que inevitável, mas ele... ele eu queria que ficasse e eu teria feito de tudo pra ele ficar. Mas hoje desviamos o olhar um do outro quando nos avistamos e foi bem emblemático ele estar de um lado da via e eu de outro... Me sinto péssima e só tenho reticências no lugar de respostas, porque as conclusões que tiro disso tudo ainda são meio tensas e eu não quero falar delas.

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Disseram-me que uma forma legal de manter o blog atualizado era do de fazer desafios, então vamos lá. Escolhi um literário e um de filmes. Vamos ver se eu consigo. O problema não é ler e nem ver os filmes, o problema mesmo é falar deles sem parecer uma louca desvairada escrevendo um monte de coisas sem sentido ou dando spoilers, porque sou dessas que estraga os filmes sem querer mesmo, basta que me peçam pra contar sobre eles.

Desafio literário: 12 meses de Poe

Sendo eu emo, gótica, vampira e roqueira, lógico que não podia ficar de fora desse desafio aqui. Ele é composto de leituras de contos e poemas desse autor lindo e maravilhoso e insano, com direito a discussões no grupo do facebook e surtos no blog. Acho que as discussões no grupo poderão me ajudar a organizar melhor meus ataques aqui neste espaço. Segue cronograma:

JANEIRO: A queda da casa de Usher // O Palácio Assombrado (The Haunted Palace)
FEVEREIRO: Os fatos do caso do senhor Valdemar // A adormecida (The Sleeper)
MARÇO: Eleonora // Annabel Lee
ABRIL: A aventura sem paralelo de um tal Hans Pfaal // Sozinho (Alone)
MAIO: O gato preto // O corvo (The Raven)
JUNHO: Três domingos em uma semana // A cidade do mar (A city by the sea)
JULHO: Os assassinatos na Rua Morgue // Um sonho dentro de um sonho (A dream within a dream)
AGOSTO: O poço e o pêndulo // Os sinos (The bells)
SETEMBRO: O mistério de Marie Roget // Sonhos (Dreams)
OUTUBRO: A máscara da morte escarlate // Espíritos dos mortos (Spirits of the dead)
NOVEMBRO: A carta roubada // Para Annie (For Annie)
DEZEMBRO: O barril de Amontillado // Linhas sobre a cerveja (Lines on Ale)

Já li vários desses, mas não custa nada reler, né?

O legal é que a menina que está coordenando o desafio já disponibilizou todos os textos pra leitura. Sem desculpa pra não ler, verdade?

Desafio cinematográfico: 52 filmes

Esse é do blog Desconstruindo o verbo e consiste em vermos um filme por semana. Já comecei atrasada, mas vou me colocar a par logo, logo.

Aqui o cronograma:

Já falei que não sei fazer resenha, então acho que vou pegar cada 4 filmes e fazer um apanhado geral deles - até porque também ficar falando infinitamente sobre um mesmo filme deve cansar e o povo não deve gostar muito de textos longos.

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 Tinha mais um monte de coisas pra falar, mas acho que vou parar por aqui...
Obrigada mais uma vez aos meus cinco leitores, vamos ver se em 2017 eu fico mais ativa por aqui, se a faculdade deixar.